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Paulo Freire em Coimbra

“O garoto Regulus: Freireando a vida”, de Paulo Rafael, em Coimbra, Portugal
“A história de Paulo Freire é uma saga. Paulo Rafael, educador, historiador e escritor, de forma lúdica nos convida a conhecer um pouco mais da trajetória do grande educador brasileiro, da infância ao exílio. É uma história que passa por caminhos tortuosos, mas que os aprendizados e a esperança na vida superaram todos os obstáculos. Em sua travessia, o garoto batizado com nome de rei, transformou a si próprio, a todos em volta e nos apresentou uma forma de educar.”
Aquarela Brasileira Livros
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Aproveitando a estadia do autor em Portugal, A Escola da Noite acolhe no Bar/Livraria do TCSB, a  11 de Fevereiro, a apresentação do livro “O garoto Regulus: Freireando a vida”, editado pela Aquarela Brasileira Livros (São Paulo) em Agosto de 2019.
O texto é uma ficção que percorre, pelos olhos de uma criança, parte da trajectória do pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997).
Nascido pobre e desde cedo órfão de pai, o menino Regulus viaja pela América do Sul, pelos países onde Paulo Freire esteve exilado (Bolívia, Chile), mas também pelo Uruguai e pela Argentina.
Ao longo da viagem, vai encontrando parceiros: Ariano (Suassuna), Manoel (de Barros), Eduardo (Galeano), Solano Trindade, entre outros.
Os relatos destes encontros e os diálogos interculturais proporcionados pela viagem lembram-nos a actualidade do pensamento de Paulo Freire e convidam-nos a reflectir sobre a conjuntura social e política que marca os nossos dias, na América Latina e noutras zonas do Mundo.
Para além do texto original, o livro agora apresentado inclui o guião da adaptação teatral feita pela actriz Paula Cortezia, xilogravuras de Lonko Valparaiso (chileno de origem Mapuchi), ilustrações de Romildo Ibeji e da criança Luna Manoela, posfácio do poeta e cordelista pernambucano Esio Rafael, prefácio do professor de história Ricardo Yuzo Nakanishi e apresentação de Lutgardes Costa Freire, filho de Paulo Freire.
A apresentação em Coimbra, com entrada livre e a presença de Paulo Rafael, é uma oportunidade para a troca de impressões e a partilha de experiências entre todas as pessoas que se interessam pelos temas da arte, da educação e das ligações entre elas.

Paulo Rafael_Foto_Junior Santos
Paulo Rafael_Foto_Junior Santos
Paulo Rafael
Educador, historiador e escritor nascido em São Paulo, Brasil, Paulo Rafael é autor dos livros “Almas da liberdade” (em parceria com Romildo Ibeji e Stiãojs), “O Mundo cá tem fronteira: Uma Aventura Brasil – Cabo Verde”, entre outros trabalhos. Trabalhou como educador na Secretaria de Estado da Criança, na Rádio Heliópolis e no Instituto Cabo-Verdiano de Menores, em Cabo Verde. Fez investigação para os documentários ‘Ermelino é Luz’ e ‘Um dia de Samba’, de Pedro Dantas.

APRESENTAÇÃO DE LIVRO | CONVERSA
O Garoto Regulus: Freireando a vida
de Paulo Rafael (São Paulo, Brasil)
conversa com o autor mediada por Wagner Merije
11 de Fevereiro de 2020
terça-feira, 18h30
Bar/Livraria do TCSB
entrada gratuita

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Almas da liberdade

Almas da Liberdade_CAPA 3D Almas da Liberdade_Quarta CAPA 3D

ALMAS DA LIBERDADE, novo título da Aquarela Brasileira Livros, reúne textos de três autores negros

Realidade e ficção se entrecruzam em histórias com lirismo e crítica afiada da vida do povo negro no Brasil

O caminho da liberdade, Largo do Rosário, Treze de Maio, Afeto: são três moços conversando sobre a vida. Conversam sobre infância, amizade, amor, sexo, família, bailes, futebol, poesia, e também sobre perrengues, violência, racismo, movimento negro, política e esperança. São memórias de quem já viveu (e vive) as aventuras, delícias e dores de ser negro no Brasil.

Em Almas da liberdade, de Paulo Rafael, Romildo Ibeji e Stiãojs, o leitor encontrará poesias, prosa, artes gráfica e crônicas, registros de memória, saudações à ancestralidade e ao sentido da liberdade. Segundo os autores, o sentido da liberdade é ter muita fé na vida e em tudo que a inspira, apesar das atrocidades, dificuldades, opressão e contradições do cotidiano.

Talvez por isso possamos encontrar nos autores elos com a chamada geração mimeógrafo dos anos 1970. A consciência negra ou negritude dos três moços recorda o Treze de Maio, data da abolição da escravatura (1888), o Sete de Julho, data da fundação do Movimento Negro Unificado nas escadarias do Teatro Municipal da cidade de São Paulo. Todos os momentos são uma tradução da força da “gente preta que incomoda” a sociedade racista com suas movimentações e passeatas contra o racismo, o machismo, homofobia, pobreza e todas as formas de intolerância.

O pensamento poético da consciência negra dos três autores homenageia o ativismo da luta negra, intelectuais, artistas, sambistas, entes queridos e queridas, guerreiras e guerreiros do dia-a-dia. Cada um ao seu modo nos fala de projeto de futuro e reinventa o Brasil sacudindo palavras de ordem e progresso que não combina mais com azul celestial da bandeira brasileira, e sim com a indignação de toda a sorte, e com as injustiças sociais, fim do futebol arte e dos sonhos das famílias negras.

A luta continua na revolução cotidiana de todos que se reúnem nas ruas, bares e diversos cantos, seja na juventude negra que, historicamente, luta e denuncia o GENOCÍDIO da população preta, sejam os negos véios ou Mvs (mais velhos) e sua resistência ancestral, seja a mulher negra trabalhadora doméstica mãe ou artista, cantora ou escritora, esteio da vida, guardiã da ancestralidade, fonte de inspiração, às vezes lembrada, esquecida e até renegada, seja nos territórios e territorialidades negras no Brasil, em Angola, Moçambique ou Guiné Bissau e mundo afora.

Quem assina o prefácio é Gevanilda Santos, historiadora e mestre em Sociologia pela PUC-SP, professora universitária, pesquisadora das relações raciais brasileiras e ativista do Movimento Negro Paulista.

No encontro, no diálogo e na amizade, os autores compartilham seus escritos de ontem e de hoje, apresentam suas intimidades, desnudam sentimentos e principalmente revelam seus olhares para a vida, na busca incansável de novos significados e sentidos.

“Sim… produzir sentidos… porque me parece que para essas ‘almas livres’, escrever significa de algum modo elaborar suas histórias e paixões, dar nome às coisas simples que permeiam a existência cotidiana, para trazer à tona as lembranças e ao mesmo tempo lançar o olhar e o coração para o futuro que virá”, como bem aponta a psicóloga, pós-graduada em Crítica de Cinema pela FAAP e Mestre em Comunicação Visual pela Universidade Anhembi Morumbi, Lucy Franco, no prefácio.

A organização do livro e coordenação editorial é de Wagner Merije.

Com esse novo lançamento a Aquarela Brasileira Livros se orgulha de trazer mais uma publicação de inestimável valor para a cultura e a memória do povo brasileiro.

SOBRE OS AUTORES

Paulo Rafael nasceu em São Paulo, no bairro da Mooca, em 25 de janeiro. Começou jogando bola na várzea, no time Estrela do Oriente. Esse time era uma mistura de okinawanos, portugueses, italianos e afros brasileiros. Foi na várzea que entendeu mais sobre diversidade. Foi office-boy, aprendeu muito andando pelo centro da cidade. Também entregou jornais, trabalhou como educador na Secretaria de Estado da Criança, na Rádio Heliópolis e no Instituto Caboverdeano de Menores, em Cabo Verde – África. Nessa época colaborou com um jornal da comunidade cabo verdeana em Boston. Desenvolveu pesquisa para os documentários ‘Ermelino é Luz’ e ‘Um dia de Samba’, de Pedro Dantas. Ah, e teve um bar na praia de Camburi, junto com um sócio, que divide este livro. É historiador, educador e autor do livro infanto juvenil ‘O Mundo cá tem fronteira: Uma Aventura Brasil – Cabo Verde’ e do texto ‘O Garoto Régulus’ – Uma homenagem a Paulo Freire.

Romildo Ibeji nasceu em 29 de junho de 1960, dia de São Pedro, zona leste de São Paulo, famoso Cangacity. Primário fez na Escola Estadual Guastini Eiras, o ginásio também. O colégio fez no Brás, na Escola Técnica Francisco Matarazzo. Depois dos estágios, veio a universidade, o sonho Jornalismo virou Letras. bacharelado em Francês, sem se preocupar com o tempo. Movimento negro, movimento sindical, movimento estudantil foram importantes para a sua formação de indivíduo. O teatro também,, fez dois cursos na escola Macunaíma, agregou com o teatro de marionetes, com um professor chileno, até participou de um grupo, fez espetáculos infantis, muita coisa acontecendo em Sampa, não parava. Aposentado, a vida lhe possibilita estabelecer novamente alguns vínculos com prazeres de adolescência, juventude… Voltou a estudar, fez pós em SocioPsicologia na FESPSP, na General Jardim, é voluntário na Soweto, organização negra, desenha e busca aprimoramento. Está feliz e acreditando nos caminhos divinos.

Stiãojs nasceu em Pernambuco e vive em São Paulo desde 1960. Em São Paulo viveu a infância e adolescência com sua família de religião protestante (Igreja Crongregacionista Tradicional). Formou-se em Técnico de Artes Gráficas nos fins dos anos 70. Foi Produtor Gráfico, por mais de trinta anos. Estudou Letras e Sociologia (USP) e Economia (PUC). Nos anos 80, foi membro fundador do Movimento Em Defesa do Menor. Participou das revistas Limbo, Elo, Arteria e Desenruste. Foi ativista cultural e representante dos funcionários do IPT/USP. Nos anos 90 foi membro fundador da Soweto – Entidade Negra. Nos anos 2000 participou dos Cadernos Negros 25 (poesias). Atualmente vive em Boiçucanga, litoral paulista.

DADOS DO LIVRO
Título: Almas da liberdade
Autores: Paulo Rafael, Romildo Ibeji, Stiãojs
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Prosa, Poesias, Artes gráfica, Crônicas, Memórias
Formato: 13,5 x 17,5 cm
Número de páginas: 160
ISBN: 9978-85-92552-05-3
Web: www.aquarelabrasileira.com.br/almas-da-liberdade
Encomendas: faleaquarela@gmail.com

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