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Os Segundos Nomes

Capa_Os segundos nomes

Os segundos nomes, novo título da Aquarela Brasileira Livros que chega ao mercado de Portugal, é um romance surpreendente em todo e cada detalhe, elaborado com invenção por um escritor com vozes próprias

Prepare-se para conhecer uma figura ímpar: Toni é crítico d’Artes, mas não um crítico normal, dentro do sentido específico. Sua crítica é geral; tenta abranger todas as formas de Arte. Justifica esta ambição crendo na sua simplicidade; as suas palavras a este respeito defendem que “não é necessário saber a fundo algumas matérias quando se conseguem Sentir Fragmentos de todas elas…” Além disso, é essa ocupação que lhe financia os vícios e paga as contas, como a qualquer comum dos Iguais. Toni sente-se veramente um pedagogo artístico, porém a sua crítica não disfruta de grandes créditos. Os seus detractores dizem que o seu criticismo positivo é um processo anti-pedagógico. Toni Entende o Contrário.

Inventivo e original, Os segundos nomes notabiliza-se por Uma narrativa singular e anarca Que aborda a pluralidade dos sentidos. Os personagens desdobram-se Indefinidamente em heterónimos E sub-heterónimos, que por sua voz Derivam para vários pseudo-alter-egos Através duma ramificação infinita. Toni, o personagem essencial desta comédia romântica surreal É assolado por um Padrão de Sofrimentos Energias artísticas Que ciclicamente se transformam Num problema sentimental Cujos destinos se entrelaçam: As suas Musas, as suas Artes: As suas Ilusões.

Neste livro, cada palavra é pensada e valorizada. A escrita rica em alegorias revela um autor ousado e espiritualizado, que sabe que seu caminho na arte é se misturar às estrelas, como pontos de luz de múltiplas alcunhas. Chama a atenção também diversas imagens entre o texto, idealizadas em colaboração com o artista português Alexandre Esgaio e a ilustradora japonesa Mika. Na capa é reproduzida uma obra do artista gráfico português Pedro Góis.

Respire fundo e entre na história, que no teatro do mundo todos somos personagens e eternos aprendizes.

Esta edição, apresentada primeiramente no Brasil, contou com o apoio da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, do Ministério da Cultura de Portugal.

No Brasil, a reedição de Os Segundos Nomes já foi apresentada na cidade de São Paulo na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, no dia 10 de dezembro de 2019, com a presença do autor Hélder Grau Santos (PT), com intervenções de Wagner Merije (BR-PT), José Santos (BR), Carlos Seabra (PT), entre outros escritores, escritoras e convidados presentes; e também no projeto O Autor na Praça – Espaço Plínio Marcos, no bairro de Pinheiros, celebrando as literaturas de Portugal e Brasil, em 14 de Dezembro de 2019, com as intervenções de Hélder Grau Santos (PT), Wagner Merije (BR-PT), Edson Lima (BR), Paulo Rafael (BR), entre outros escritores, músicos e convidados presentes. Em 17 de Dezembro de 2019 teve lugar uma apresentação em Belo Horizonte, na Livraria do Belas, com presença do autor Hélder Grau Santos, intervenções de Ana Elisa Ribeiro (BR), Wagner Merije, Rômulo Garcias (BR), com participação especial do Cônsul de Portugal, Dr. Rui Almeida.

Em Portugal para breve serão anunciados datas de apresentações.

 

DADOS DO LIVRO
Título: Os Segundos Nomes
Autor: Anthony Clown
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Romance
Formato: 14 x 21 cm
Número de páginas: 218
ISBN: 978-85-92552-21-3
Depósito legal: 463192/19
Web: www.aquarelabrasileira.com.br/os-segundos-nomes
Encomendas: faleaquarela@gmail.com

 

SOBRE O AUTOR

Foto: Wagner Merije
Foto: Wagner Merije

 

Anthony Clown não existe, literalmente, mas coexiste com os sonhos e com alguns subentendimentos. Hélder Santos, criador deste e outros heterónimos, como Grau, Poeta G, O Urso e Asa de Borboleta, é escritor, poeta, músico e professor, nascido em Coimbra, Portugal. Autor dos livros de poesia Aparato Nulo (edição de Autor, 1998), Agora que chegaste, volume 1 (Edições Caixa de Sapatos, 2003), Agora que chegaste, volume 2 (Edições Caixa de Sapatos, 2004), Outra Distância (Edição Baú dos Sonhos, 2008); participação na antologia Coimbra em Palavras (Aquarela Brasileira Livros, 2018). Autor e co-autor dos textos para teatro: A Louquíssima Trindade (2002), L’Énfant Possible (2005), Pedra Preciosa I e II (2010-2013), O Sótão (2017). Na área musical apresentou os seguintes álbuns The Grau – Mui Solo (coletânea 1995-2015. Edições Pirata), The Grau!!! – Co-Existências (Edições Pirataº, 1999-2005), The Grauº – 13 (Edições Theº, 2013).

 

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Clepsidra_Camilo Pessanha

Capa_Clepsidra_Camilo Pessanha

DADOS DO LIVRO
Título: Clepsidra
Autor: Camilo Pessanha
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Poesia
Formato: 13,5 x 17,5 cm
Número de páginas: 88
ISBN: 978-65-86867-01-5
Depósito legal: 470741/20
Web: : www.aquarelabrasileira.com.br/clepsidra_camilo-pessanha
Encomendas: : faleaquarela@gmail.com

Edição apoiada pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (Ministério da Cultura de Portugal)

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Sonetos_Luís Vaz de Camões

 

Sonetos_Luís Vaz de Camões

DADOS DO LIVRO
Título: Sonetos
Autor: Luís Vaz de Camões
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Poesia
Formato: 13,5 x 17.5 cm
Número de páginas: 104
ISBN: 978-85-92552-17-6
Depósito legal: 460650/19
Web: www. aquarelabrasileira.com.br/sonetos_luis-vaz-de-camoes
Encomendas: faleaquarela@gmail.com

 

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Psyché e Hamlet vão para Hodiohill

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Psyché e Hamlet vão para Hodiohill, novo lançamento da Aquarela Brasileira Livros, é uma história de amor em meio ao caos

* Obra selecionada para o Prêmio Oceanos 2020

Psyché & Hamlet vão para Hodiohill conta a história de duas almas sensíveis, P & H, que se conhecem num aeroporto, pouco antes de embarcarem para Hodiohill. Como muitos de nós, P & H tinham feito suas escolhas, todos nós fazemos escolhas, o difícil é conviver com elas. Mas os dois não seriam capazes de prever o que os esperava. Tudo o que se pode dizer é que Hodiohill talvez tenha sido o maior paraíso e o maior inferno que já se teve notícia.

Psyché & Hamlet vão para Hodiohill é sobre seres suspensos, sem lugar para esconder a confusão de seus corações. É sobre um tempo e um lugar em decomposição. De um jeito ou de outro, as histórias de Hodiohill e das personagens que P & H vão encontrando pelo caminho estão entrelaçadas, em toda a sua glória, declínio e fascínio.

Esta é uma obra surpreendente que mistura memória, imaginação e crítica social com humor, amor e leveza em boas doses, um trabalho intelectual e literário que invoca saberes tão diferentes, mas complementares, como a política, a psicologia, a religião e a literatura.

Psyché & Hamlet vão para Hodiohill aborda e questiona, entre muitos temas, o caos social, a violência, o autoritarismo, o impacto do colonialismo nas mentes, a xenofobia, o machismo, o patriarcalismo e os padrões de relacionamentos afetivos. Um livro para perguntar de onde vem o nosso ódio, com uma mensagem de que precisamos cuidar de nós e combatê-lo, mesmo que isso soe paradoxal.

A universalidade das ideias, das ações e das palavras apresentadas serão tão mais universais quanto mais as fizermos ecoar e atuar no nosso mundo. Não basta dizer que a arte e, em particular, a literatura podem contribuir para a defesa da liberdade, da igualdade, dos direitos humanos e do meio ambiente. Os grandes problemas do nosso tempo, como já dizia Saramago, são também as grandes questões da (grande) literatura e da (grande) arte contemporâneas, que, de diferentes modos, se propõem (re)desenhar novos ou renovados paradigmas para o ser humano, dentro da (des)ordem da natureza e do ambiente.

Para o autor, citando Barthes, escrever é fazer-se o centro do processo de palavra, é efetuar a escritura afetando— se a si próprio, é fazer coincidir a ação e a afeição (…). O exercício da linguagem é uma forma de praticar o autoconhecimento e o alargamento do conhecimento do mundo.

Wagner Merije é autor de uma série de trabalhos diferentes e, ao mesmo tempo, em constante diálogo. Talvez esta seja uma palavra boa para descrever suas propostas literárias, artísticas e educativas: dialogar para compreender o outro, para reconstruir o mundo. Publicou os livros Astros e Estrelas – Memórias de um jovem jornalista em Londres (2017), Mexidinho (2017), Cidade em transe (2015), Viagem a Minas Gerais (2013), Torpedos (2012), Mobimento – Educação e Comunicação Mobile (2012) – finalista do Prêmio Jabuti 2013, e Turnê do Encantamento (2009); organizou, editou e prefaciou mais de duas dezenas de livros, entre os quais estão obras de Fernando Pessoa, Camões, Camilo Pessanha e João José Cochofel, e títulos como Coimbra em palavras (2018), Coimbra em imagens (2019), São Paulo em palavras (2016), São Paulo em imagens (2017), Trinta Anos-Luz – Poetas celebram 30 anos de Psiu Poético (2016) e Pelas periferias do Brasil vol. 6 (2016); escreveu canções e peças de teatro; dirigiu filmes; trabalhou para jornais, revistas, radios, TVs e sites. Nesse percurso, já apresentou trabalhos em diversos países e foi agraciado com alguns prêmios. É investigador na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, autor de ensaios e artigos sobre literaturas de língua portuguesa, inglesa e grega. Psyché & Hamlet vão para Hodiohill é seu segundo romance.
Saiba mais em www.merije.com.br

DADOS DO LIVRO
Título: Psyché e Hamlet vão para Hodiohill
Autor: Wagner Merije
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Romance
Formato: 14 x 21 cm
Número de páginas: 164
ISBN: 978-85-92552-20-6
DL: 461950/19
Web: www.aquarelabrasileira.com.br/psyche-e-hamlet-vao-para-hodiohill
Encomendas: faleaquarela@gmail.com

 

Nesta quarentena, faça o download do livro gratuitamente

Psyché e Hamlet_EBOOK

 

LANÇAMENTOS/APRESENTAÇÕES
LISBOA/PT – 23/11/19 – sábado – das 16h30 às 18h30 – Lugar Específico – Rua Actor Vale, nº 16 B

COIMBRA/PT – 26/11/19 – terça-feira – das 20h às 22h – Liquidâmbar – Praça da República nº 28 1º

PORTO/PT – 28/11/19 – quinta-feira – das 21h às 23h – Unicepe – Praça de Carlos Alberto, 128-A

SÃO PAULO/SP – 10/12/19 – terça-feira – das 19h às 21h – Casa de Portugal -Av. da Liberdade, 602 – Bairro da Liberdade

SÃO PAULO/SP – 14/12/19 – sábado – das 13h às 15h – O Autor na Praça – Espaço Plínio Marcos – Praça Benedito Calixto – Vila Madalena

BELO HORIZONTE/MG – 17/12/19 – terça-feira – das 19h às 21 – Livraria do Belas – Rua Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes

BELO HORIZONTE/MG – 28/01/20 – terça-feira – das 19h às 21h – Asa de Papel Café & Arte – Rua Piauí, 631 – Santa Efigênia

SÃO PAULO/SP – 04/02/20 – terça-feira – das 19h às 21h – Patuscada Livraria, Bar & Café – Rua Luís Murat, 40 – Vila Madalena

*Programação sujeita a mudanças

 

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31 poemas selecionados_Fernando Pessoa

31 poemas selecionados_Fernando Pessoa

DADOS DO LIVRO
Título: 31 Poemas selecionados
Autor: Fernando Pessoa
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Poesia
Formato: 13,5 x 17.5 cm
Número de páginas: 126
ISBN: 978-85-92552-16-9
Depósito legal: 460649/19
Web: www.aquarelabrasileira.com.br/31-poemas-selecionados_fernando-pessoa
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Centenário de João José Cochofel

No ano que se comemora do centenário do poeta português João José Cochofel, a Aquarela Brasileira Livros convida professores/as, académicos/as, bibliotecários/as, estudantes e todos/as que gostam de poesia para conhecerem a antologia BREVE, organizada por Sofia Cochofel Quintela, neta do autor, com prefácio do poeta e crítico literário António Carlos Cortez.

João José Cochofel_arquivo familiar
João José Cochofel_arquivo familiar

João José Cochofel com sua poesia nos provoca um encanto crescente. Navegar nos seus versos nos causa uma deliciosa vertigem. Sua poesia é forte, delicada e profunda.

Este livro é um acontecimento literário por trazer aos leitores uma seleção de alta qualidade da lírica de um poeta português do mais alto nível, até então inédito no Brasil. Uma obra que nos toca a alma e que todos os apreciadores de boa poesia deviam ter na estante.

O poeta e escritor nasceu em Coimbra em 1919, no seio de uma família aristocrática e profundamente acolhedora de toda uma geração de escritores que vieram a integrar vários movimentos literários, dos quais se destaca o neo-realista. Sobre isto testemunhou o escritor e médico Fernando Namora: “… as tardes ou os serões em casa do Cochofel. Nessas tertúlias se atearam muitas das labaredas da minha geração”.

O facto é que, conforme escreve o crítico António Carlos Cortez no prefácio do livro, em ano de centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Jorge de Sena, apresentar aos leitores, especialmente aos brasileiros, o melhor de um dos nomes cimeiros do neo-realismo português, é celebrar em grande estilo a memória e a obra de João José Cochofel.

Breve_João José Cochofel_capa finalSaiba mais sobre o livro aqui: www.aquarelabrasileira.com.br/breve

Em homenagem ao poeta, em 2019 e em 2020 estão previstos lançamentos e debates sobre sua obra em Portugal e no Brasil, onde é publicado pela primeira vez.

Acompanhe:

LISBOA – 23/11/19 – sábado – das 16h30 às 18h30

Lugar Específico – Rua Actor Vale, nº 16 B

 

COIMBRA – 26/11/19 – terça-feira – das 20h às 22h

Liquidâmbar – Praça da República nº 28 1º

 

PORTO – 28/11/19 – quinta-feira – das 21h às 23h

Unicepe – Praça de Carlos Alberto, 128-A

 

SÃO PAULO/SP – 10/12/19 – terça-feira – das 19h às 21h

Casa de Portugal – Av. da Liberdade, 602 – Bairro da Liberdade

 

SÃO PAULO/SP – 14/12/19 – sábado – das 13h às 15h

O Autor na Praça – Espaço Plínio Marcos -Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Vila Madalena

 

BELO HORIZONTE/MG – 17/12/19 – terça-feira – das 19h às 21h

Livraria do Belas – Rua Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes

 

BELO HORIZONTE/MG – 28/01/20 – terça-feira – das 19h às 21h

Asa de Papel Café & Arte– Rua Piauí, 631 – Santa Efigênia

 

SÃO PAULO/SP – 04/02/20 – terça-feira – das 19h às 21h

Patuscada Livraria, Bar & Café – Rua Luís Murat, 40 – Vila Madalena

 

                                                                                  *Programação sujeita a mudanças

 

 

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Breve_João José Cochofel

Breve_João José Cochofel_capa final

BREVE, belíssima antologia de poemas de João José Cochofel, celebra o centenário de um poeta português do mais alto nível. Autor tem sua obra lançada pela primeira vez no Brasil

No ano que se comemora do centenário do poeta português João José Cochofel, a Aquarela Brasileira Livros apresenta a antologia BREVE, organizada por Sofia Cochofel Quintela, neta do autor, com prefácio do poeta e crítico literário António Carlos Cortez.
João José Cochofel com sua poesia nos provoca um encanto crescente. Navegar nos seus versos nos causa uma deliciosa vertigem. Sua poesia é forte, delicada e profunda:

Breve,
o botão que foste
e o pudor de sê-lo.

Breve,
o laço vermelho
dado no cabelo.

Breve,
a flor que abriu
– e o sol mudou.

Breve
tanto sonho findo
que a vida pisou.

Este livro é um acontecimento literário por trazer aos leitores uma seleção de alta qualidade da lírica de um poeta português do mais alto nível, até então inédito no Brasil. Uma obra que nos toca a alma e que todos os apreciadores de boa poesia deviam ter na estante.

O poeta e escritor nasceu em Coimbra em 1919, no seio de uma família aristocrática e profundamente acolhedora de toda uma geração de escritores que vieram a integrar vários movimentos literários, dos quais se destaca o neo-realista. Sobre isto testemunhou o escritor e médico Fernando Namora: “… as tardes ou os serões em casa do Cochofel. Nessas tertúlias se atearam muitas das labaredas da minha geração”.

Devido às suas posições antifascistas, João José foi perseguido pela PIDE (a polícia da ditadura portuguesa), o que não o impediu de ser um dos organizadores do Novo Cancioneiro e fazer parte do grupo fundador das revistas Altitude, Vértice, Presença, Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes, nas quais colaborou não só como poeta mas, também, como crítico literário e musical. Também foi director da Academia dos Amadores de Música de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Escritores.

O facto é que, conforme escreve o crítico António Carlos Cortez no prefácio do livro, em ano de centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Jorge de Sena, apresentar aos leitores, especialmente aos brasileiros, o melhor de um dos nomes cimeiros do neo-realismo português, é celebrar em grande estilo a memória e a obra de João José Cochofel.

Em homenagem ao poeta, em 2019 e em 2020 estão previstos lançamentos e debates sobre sua obra em Portugal e no Brasil, país onde é publicado pela primeira vez. “É bom que esta edição o celebre. E celebra-o num país amado, território fundador de uma visão de mundo que Cochofel, ao menos nos inícios de um programa ético de intervenção literária, fez também sua. Quer dizer: não era possível, pertencendo a uma geração trágica, emparedada entre os fascismos espanhol e português e a IIª Guerra Mundial, consequência directa do nazi-fascismo de Mussolini e Hitler, ficar-se indiferente ao que, com o romance nordestino vindo de terras de Vera Cruz, esse programa de uma arte social propugnava”, comenta Cortez.

Em forma de notas de leitura, de forma a ampliar a compreensão da importância do legado do centenário poeta, o crítico ressalta: “João José Cochofel não se exime a trazer para a sua poética aquele magma sentimental vindo da consciência do tempo. Não sei se não é esse o heroísmo de Cochofel: exaltar, afinal de contas, a sua humanidade de homem (passe a redundância) comprometido com esse mundo que jamais deixa de ser o nosso: o da nossa interioridade. É como se respondesse aos «amanhãs que cantam» de neo-realistas coevos ou ulteriores:

Que heroísmo é este
de que ninguém fala?
Dizer não à vida
e ser capaz de amá-la?

Nos gestos pequenos,
nas falas miúdas,
nos desvãos dos sonhos,
nas emoções mudas.

Também nas bandeiras
que rasgam o presente
para expulsar da terra
tudo o que lhe mente
e põe raivas frias
nas vísceras da gente.

Um rumor de chuva
no coração quente.

João José Cochofel, que foi também crítico literário e musical, com um importante volume de ensaística, intitulado Iniciação Estética, é dos que mais lucidamente se viu como personagem do seu próprio teatro. No jogo de forças entre o eu e o outro que se pressentiu sempre, ora sonhador, ora abnegado, a sua poesia resgata para o neo-realismo um entendimento diferente do que significa ser-se poeta comprometido. No fundo, como o próprio escreve, «A minha poesia / é toda feita de melancolia» e se, por isso, se sabe que «No íntimo / há coisas vagamente pensadas», é esse vago, essa melancolia, no fim de contas, que Cochofel intui como via única que os seus livros percorreram sempre.

Num dos seus poemas mais representativos, anterior aos da fase final, já se lia: «Afinal a vida / é este roer de cardos velhos […] // Raios partam a vida / tal como ela é.»

Publicou Instantes (1937), Búzio (1940), Sol de Agosto (1941), Os Dias Íntimos (1950), Iniciação Estética (1958), Quatro Andamentos (1966), 46° Aniversário (1966), Uma Rosa no Tempo (1970), O Bispo de Pedra (1975), Críticas e Crónicas (1982), Obra Poética (1988), Opiniões Com Data (1990), Iniciação Estética Seguida de Críticas e Crónicas (1992).

Faleceu em 1982, vítima de doença degenerativa, deixando incompleto o Grande Dicionário da Literatura Portuguesa e de Teoria Literária, obra que organizou e dirigiu desde o início da sua publicação, em colaboração com Octávio Augusto Quintela.

A presente edição para seu lançamento no Brasil contou com o apoio da DGLAB – Direcão-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, do Ministério da Cultura de Portugal.

 

 

DADOS DO LIVRO
Título: Breve
Autor: João José Cochofel
Editora: Aquarela Brasileira Livros
Gênero: Poesia
Formato: 14 x 21 cm
Número de páginas: 200
ISBN: 978-85-92552-18-3
DL: 460651/19
Web: www.aquarelabrasileira.com.br/breve
Encomendas: faleaquarela@gmail.com

 

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Literaturas de Portugal e Brasil – Encontros e Diálogos

Literaturas de Portugal e Brasil_convite2

Uma conversa com autores e editores que trabalham com literatura nos dois países, sobre suas experiências e as possibilidades de expansão do intercâmbio cultural entre Portugal e Brasil.

Com José Santos, Wagner Merije, Hélder Grau Santos e Carlos Seabra.

Data: 10/12/12019

Local: Casa de Portugal -Av. da Liberdade, 602 – São Paulo/Brasil

Horário: das 19h às 21h

Entrada franca

 

Homenagem ao centenário do poeta João José Cochofel

Na primeira hora, conversa com o público, seguido de lançamento dos livros:

Breve, de João José Cochofel, antologia organizada por Sofia Cochofel Quintela, com prefácio do poeta e crítico literário António Carlos Cortez

Infâncias, de José Santos e José Jorge Letria +

Psyché e Hamlet vão para Hodiohill, de Wagner Merije

Os Segundos Nomes, de Anthony Clown

Origem e Ruína, de Paulo Branco Lima

Coimbra em palavras (34 autoras e autores), com prefácio de José Augusto Cardoso Bernardes, Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e posfácio de Adriana Calcanhotto

 

Uma realização em parceria com o Consulado de Portugal em São Paulo e Casa de Portugal em São Paulo

 

Breves notas biográficas dos participantes

João José Cochofel nasceu em Coimbra em 1919, no seio de uma família aristocrática e profundamente acolhedora de toda uma geração de escritores que vieram a integrar vários movimentos literários, dos quais se destaca o neo-realista. Devido às suas posições antifascistas, foi perseguido pela PIDE o que não o impediu de ser um dos organizadores do Novo Cancioneiro e fazer parte do grupo fundador das revistas AltitudeVérticePresençaSeara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes,nas quais colaborou não só como poeta mas, também, como crítico literário e musical. Foi director da Academia dos Amadores de Música de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Escritores. Publicou Instantes (1937), Búzio (1940), Sol de Agosto (1941), Os Dias Íntimos (1950), Iniciação Estética (1958), Quatro Andamentos (1966), 46. ° Aniversário (1966), Uma Rosa no Tempo (1970), O Bispo de Pedra (1975), Críticas e Crónicas (1982), Obra Poética (1988),Opiniões Com Data (1990), Iniciação Estética Seguida de Críticas e Crónicas (1992). Morreu em 1982, vítima de doença degenerativa, deixando incompleto o Grande Dicionário da Literatura Portuguesa e de Teoria Literária, obra que organizou e dirigiu desde o início da sua publicação, em colaboração com Octávio Augusto Quintela.

José Santos escreve livros para crianças e jovens.  Já publicou cerca 50  livros, sendo que oito deles tratam do intercâmbio Brasil-Portugal, com Quadrinhas para miúdos, Viagem às terras de Portugal, As aventuras do cavaleiro Palmeirim de Inglaterra. Já foi premiado com o Jabuti, com a obra A Divina Jogada. Recebeu da Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil- FNLIJ em 2018, o prêmio de Melhor Livro em Língua Portuguesa, pelo livro Infâncias – daqui e de além mar, escrito com o português José Jorge Letria.

Carlos Seabra é escritor, nascido em Lisboa e radicado em São Paulo. Editor de publicações e produtor de conteúdos de multimídia e internet, consultor e coordenador de projetos de tecnologia educacional e redes sociais. Autor de vários livros, entre eles Haicais e Quetais e Pequenas Histórias sem fim.

Wagner Merije é doutorando na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É autor de uma série de ensaios e artigos sobre literaturas de língua portuguesa, inglesa e grega. Publicou os livros Astros e Estrelas – Memórias de um jovem jornalista em Londres (2017), Mexidinho (2017), Cidade em transe (2015), Viagem a Minas Gerais (2013), Torpedos (2012), Mobimento – Educação e Comunicação Mobile (2012) – finalista do Prêmio Jabuti 2013, e Turnê do Encantamento (2009); organizou, editou e prefaciou mais de duas dezenas de livros, entre os quais estão obras de Fernando Pessoa, Camões, Camilo Pessanha e João José Cochofel, e títulos como Coimbra em palavras (2018), Coimbra em imagens (2019), São Paulo em palavras (2016), São Paulo em imagens (2017), Trinta Anos-Luz – Poetas celebram 30 anos de Psiu Poético (2016) e Pelas periferias do Brasil vol. 6 (2016).

Hélder Grau Santos (criador de heterónimos como Anthony Clown, Asa de Borboleta, Grau, Poeta G, O Urso) é escritor, poeta, músico e professor, nascido em Coimbra, Portugal. Autor dos livros de poesia Aparato Nulo (edição de Autor, 1998), Agora que chegaste, volume 1 ( Edições Caixa de Sapatos, 2003), Agora que chegaste, volume 2 (Edições Caixa de Sapatos, 2004), Outra Distância (Edição Baú dos Sonhos, 2008); participação na antologia Coimbra em Palavras (Aquarela Brasileira Livros, 2018) com os heterónimos Poeta G e O Urso. Autor e co-autor dos textos para teatro: A Louquíssima Trindade (2002), L’Énfant Possible (2005), Pedra Preciosa I e II (2010-2013), O Sótão (2017). Na área musical apresentou os seguintes álbuns The Grau – Mui Solo (coletânea 1995-2015. Edições Pirata), The Grau!!! – Co-Existências (Edições Pirataº, 1999-2005), The Grauº – 13 (Edições Theº, 2013).

Paulo Branco Lima é escritor, ator, performer, investigador literário e produtor cultural. Licenciado em Jornalismo e Mestre em Literatura de Língua Portuguesa pela Universidade de Coimbra, publicou os romance Origem e Ruína (Chiado Editora, 2013) e Peregrinação Crioula (Aquarela Brasileira Livros, 2019) Enquanto autor, fomenta alicerces nas obras de William Faulkner, Camilo Castelo Branco, Pepetela, Vitorino Nemésio e Guimarães Rosa. Membro do Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é colaborador regular da Revista de Estudos Literários e das publicações angolanas O Chá e Jornal Cultura. O seu trabalho foi destacado por vários veículos de comunicação em Portugal e África. Na atualidade exerce funções de produtor executivo no equipamento cultural Convento São Francisco, em Coimbra.

 

Informações e contatos

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Com as bençãos de José Saramago

José Saramago e toda a equipa da Fundação José Saramago, em Lisboa, receberam de braços abertos os escritores, escritoras e convidados que compareceram à Casa dos Bicos, no dia 02 de fevereiro de 2019, para apresentação do livro “Coimbra em palavras”.

Um encontro fraterno com a palavra em suas múltiplas dimensões, da palavra que fala, que cria, que lembra, que questiona, que une, que confronta, que abre espaços para novas criações.

Um dia e uma noite para ficar na memória de todos e todas que lá estiveram, de corpo presente e no pensamento.

A Aquarela Brasileira Livros agradece a todos que colaboraram para esta realização, para que este sonho se tornasse parte das memórias de todos que amam a literatura, os livros e os pensadores-humanistas, como José Saramago.

Que venham outros encontros, outros livros, e muita poesia para nos embriagar e nos conduzir.

Fotos: Vittorio Alves e Wagner Merije

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Manifesto da Abundância

Sobre amor às artes, expertise e atenção…

E sobre…

E sobre ser escolhido e escolher fazer arte…

E sobre escolha ou condenação…

E sobre educar e aprender…

E sobre a Academia…

E sobre a Língua Portuguesa…

E sobre respeito e convivência com a diversidade…

 

E sobre… nós…

nós

 

Nisto acreditamos…

 

Prosperidade!

O universo é abundante de recursos, de bondades e recompensas.

 

Reconhecemos na linguagem da arte a pluralidade de sentidos como traço definidor.

O mundo é uma obra aberta.

Vamos expandir nossas fronteiras, vamos romper com os paradigmas.

 

O sol há de brilhar mais uma vez.

O amor será eterno novamente.

 

 

 

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